O enfrentamento do vandalismo é um desafio não só para os órgãos governamentais, mas para toda a sociedade. O Espírito Santo vem sofrendo cotidianamente com diversos casos que se espalham por todas as cidades do Estado. Em março deste ano um vereador da Câmara Municipal de Vitória fez um requerimento para a instalação de lixeiras de metal, mais resistes, em diversos bairros da cidade e destacou no seu pedido os constantes casos de vandalismo: “tendo em vista as depredações, pichações, queima, aplicação de propagandas irregulares e demais tipos de vandalismos nas lixeiras plásticos”.
A prefeitura de Cariacica, Região Metropolitana de Vitória, enfrenta o mesmo problema e contabiliza: “vandalismo em lixeiras gera prejuízo de quase R$ 100 mil por ano aos cofres públicos”. Na capital, a turística orla da Praia do Camburi está às escuras desde janeiro, devido aos furtos e vandalismo na iluminação pública.
Iguais a esses casos são inúmeros outros, indo de atos de depredação de postos de saúde, igrejas, obras de arte em locais públicos, centro de reabilitação invadidos, prédios e até cemitérios. Situações que impactam, diretamente, a vida de toda a comunidade capixaba.
No último dia 15 de abril o alvo dos vândalos foi um dos equipamentos que estavam sendo testados para o Cercamento Eletrônico, durante a etapa de avaliação técnica. Uma das câmeras acopladas em um poste adaptado, usado para o registro e transmissão de dados, sofreu um ataque e foi danificado, tendo que ser substituído e o testes recomeçados. O Consórcio Pedras Verdes, responsável pelos equipamentos, registrou Boletim de Ocorrência e rapidamente promoveu a substituição, mas nem sempre é possível recuperar o que é alvo do vandalismo.
Segundo Guilherme Araujo, porta-voz do Consórcio, esse é apenas um de tantos os exemplos que reforçam a importância de projetos como o Cercamento Eletrônico para o Estado do Espírito Santo. “Quando vemos que o vandalismo atinge a todos entendemos a dimensão de um projeto como esse, que trata-se de um importante avanço no combate a crimes, como, por exemplo, roubos de cargas, descaminho, sonegação fiscal, registro de imagens das mais diversas, entre outras várias aplicações, e pode colaborar muito na percepção da segurança para a sociedade”, diz.
“Um projeto inovador como esse busca reunir em uma única plataforma, coordenada pelo Detran-ES, um sistema integrado e compartilhado para otimizar o monitoramento de trânsito, mas não só isso, também o fazendário, ambiental e de segurança pública nas rodovias estaduais e demais vias públicas, permitindo o uso de inteligência artificial para identificar irregularidades. Ou seja, o que se propõe é um grande aporte para combater crimes e vandalismos no Estado do Espírito Santo”, destaca o porta-voz.